Sumário
Resumindo os resultados, a maioria dos estudos observacionais (11 em 14) encontrou associações significativas entre o consumo de adoçantes de baixas calorias e o desenvolvimento de doenças metabólicas. No entanto, na maioria desses estudos, esta associação perdeu-se após ajustes para adiposidade, índice de massa corporal (IMC) e/ou ingestão calórica. Daqui decorre que o vínculo entre adoçantes de baixas calorias e doenças metabólicas que foi identificado em alguns estudos observacionais, pode ser devido a causalidade inversa. Além disso, a partir dos vinte e oito (28) ensaios clínicos identificados, dezoito (18) não encontraram qualquer efeito de adoçantes de baixas calorias no metabolismo da glicose , e dez (10) apresentam efeitos estatísticos significativos em algumas ou em todas as variáveis dos estudos. No entanto, os resultados são contraditórios e não há comparação possível entre os ensaios devido à heterogeneidade da população incluída (por exemplo, o estudo de Suez et al incluiu apenas 7 participantes, o estudo de Pepino et al foi realizado em indivíduos com um grande grau de obesidade, etc.), tipo de adoçante de baixa caloria estudado, o uso de placebo, o diferente tempo de exposição, o desenho do estudo, etc. Com base na evidência disponível, não é possível estabelecer um efeito dos adoçantes de baixas calorias sobre o metabolismo da glicose, o que é consistente com o que já sabíamos sobre os adoçantes de baixas calorias, que não afetam os níveis de glicose e insulina.