Bebidas adoçadas com açúcar e com adoçantes artificiais e os riscos de acidente vascular cerebral (AVC) e demência: um estudo prospectivo de coorte

Autor(es): Pase MP, Himali JJ, Beiser AS, Aparicio HJ, Satizabal CL, Vasan RS, Seshadri S, Jacques PF
Nome da Publicação : Stroke, 2017 May; 48(5): 1139-1146. doi: 10.1161/STROKEAHA.116.016027
Ano de publicação : 2017

Sumário

Utilizando dados prospetivos da Framingham Offspring Cohort, os resultados de Pase et al. não podem proporcionar evidência ou um mecanismo plausível para uma ligação causal entre o consumo de bebidas dietéticas e o AVC e a demência. Mais importante, a associação sugerida ao AVC e demência foi atenuada ou desapareceu nesta análise depois de se ter feito o ajuste para a diabetes e fatores de risco vascular, tais como a pressão arterial elevada.

De facto, quando a hipertensão prevalente, o mais importante fator de risco para o AVC, foi tida em consideração na análise estatística, a associação entre as bebidas dietéticas e AVC foi atenuada. De forma semelhante, a dimensão da associação das bebidas dietéticas à demência diminuiu significativamente quando os autores consideraram a influência da diabetes como um potencial fator de confusão.

De notar que as descobertas feitas por este estudo observacional têm apenas por base um pequeno grupo de 97 casos de incidentes de AVC e 81 casos de demência, de um total de 2888 participantes com mais de 45 anos, e os 1484 participantes com mais de 60 anos incluídos nesta análise para casos de AVC e demência, respetivamente. Adicionalmente, não houve uma tendência convincente no risco, ou seja, o índice de perigo de AVC isquémico já era cerca de duas vezes mais elevado entre os consumidores ocasionais de bebidas com adoçantes de baixas calorias.

Não há, por isso, evidência de que as bebidas com adoçantes de baixas calorias provoquem AVC ou demência com base nesta análise. Para mais informações, por favor leia a declaração da ISA aoclicar aqui.

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