Cimeira Europeia da Obesidade

Associação Internacional de Adoçantes (ISA) participa da Cimeira Europeia da Obesidade

Mais uma vez, a Associação Internacional de Adoçantes (ISA) esteve presente onde o diálogo científico ocorre e participou da Cimeira Europeia da Obesidade em Gotemburgo.

Este ano, pela primeira vez, os congressos da EASO (ECO2016) e the IFSO European Chapter (Congresso Anual IFOP-EC 2016) juntaram-se para criar a Cimeira Europeia da Obesidade (CEO) inaugural, tendo em vista reunir colegas de todas as áreas de investigação, prevenção e tratamento da obesidade. Especialistas de todo o mundo apresentaram as mais recentes investigações, abordagens clínicas e perspectivas sobre a obesidade de uma vasta gama de áreas. As questões cobertas incluiram:

  • Obesidade infantil
  • Novos aspetos sobre o controlo metabólico
  • Novos medicamentos
  • Resultados metabólicos (diabetes, lípidos, hipertensão)
  • Intervenções comportamentais e estilo de vida
  • Abordagens médico-cirúrgicas
  • Ciclo de vida epidemiológico
  • Padrões alimentares e de dieta
  • Alteração comportamental

Pelo quinto ano consecutivo, a Associação Internacional de Adoçantes (ISA) esteve presente no Congresso Europeu da Obesidade tendo participado do debate científico em torno da prevenção e tratamento da obesidade e dar informações sobre a ciência subjacente aos adoçantes de baixas calorias.

A nossa banca de informação deu aos delegados a oportunidade de abordar qualquer questão sobre os adoçantes de baixas calorias e receber o novo folheto da ISA sobre ‘Adoçantes de baixas calorias: papel e benefícios ’ e os documentos informativos atualizados da ISA, com as últimas evidências científicas. A ISA aproveitou ainda a oportunidade para realizar um questionário de 3 minutos, para saber mais sobre os seus interesses e pontos de vista científicos em relação à ISA e aos adoçantes de baixas calorias. Em contrapartida, os participantes que completaram o nosso inquérito, participaram num sorteio para ganhar o registo no Congresso Europeu da Obesidade (CEO 2017) do próximo ano. Iremos atualizar a informação sobre o resultado deste inquérito! Agradecemos novamente por nos visitar na CEO e estamos ansiosos por o reencontrar no próximo ano no ECO 2017!

Após um congresso interessante de quatro dias, a Associação Internacional de Adoçantes (ISA) orgulha-se de ter participado da Cimeira Europeia da Obesidade (CEO) 2016 em Gotemburgo, na Suécia, entre 1 e 4 de junho. Organizado pela Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (European Association for the Study of Obesity – EASO) e pela Federação Internacional para a Cirurgia da Obesidade (International Federation for the Surgery of Obesity – IFSO), este encontro reuniu especialistas e profissionais de saúde de todos os aspetos da obesidade e abordou uma ampla gama de temas científicos apresentados por cientistas de renome de todo o mundo.

As últimas investigações e questões mais importantes sobre um conjunto de áreas científicas, como regulação do apetite, intervenções comportamentais e controlo do peso, foram apresentadas em mais de 70 palestras, revisões conjuntas , seminários, simpósios e sessões de discussão. A ISA selecionou cinco dos tópicos mais intrigantes acerca da investigação sobre obesidade, que foram discutidos durante a CEO 2016.

Há mais de 50 anos, foi apresentada a hipótese de que‘ as diferenças entre a ingestão de alimentos têm origem nas diferenças do consumo de energia & rsquo; e que esta relação poderia constituir a base para o controlo do apetite. Mais recentemente, o professor John Blundell e a sua equipa de investigação na Universidade de Leeds, no Reino Unido, sugeriram que o comportamento sedentário está claramente associado ao aumento da adiposidade e exerce um efeito desinibidor na alimentação (permitindo ou promovendo o consumo excessivo). Em contraste, um aumento do nível de atividade física (e consumo de energia) melhora a regulação do apetite. Tanto os componentes metabólicos como comportamentais do consumo energético exercem efeitos sobre a regulação do apetite, o que oferece novas formas de pensar sobre o equilíbrio energético e a obesidade.

O Professor Kees de Graaf da Universidade de Wageningen na Holanda deu uma palestra muito interessante sobre o papel do paladar e do olfato na escolha e ingestão de alimentos e concluiu que, embora tenham uma conexão íntima na perceção sensorial dos alimentos, o seu papel na ingestão de alimentos é bastante diferente. O olfato desempenha principalmente um papel tentador na escolha e ingestão, enquanto o paladar tem um papel importante como sistema de deteção de macronutrientes, sinalizando a entrada de nutrientes para o cérebro e o trato gastrointestinal, pelo que o paladar está fortemente envolvido na saciedade.

A manutenção do peso é viável? A resposta a esta pergunta é “sim”, mas a taxa de sucesso parece ser bastante baixa e existe uma alta variabilidade interindividual. No entanto, o Professor James Stubbs, professor de mudança de comportamento e manutenção de peso, da Universidade de Derby, Reino Unido, defendeu durante a sua apresentação que existem boas evidências de que as técnicas de mudança de comportamento associadas à auto-regulação da atividade física e comportamento alimentar (por exemplo, definição de metas, planos de ação, auto-monitorização, planos de prevenção de recaídas) e aspetos de motivação são importantes para a manutenção da perda de peso. Além disso, uma maior perda de peso inicial e aumento da atividade física estão fortemente associados à manutenção da perda de peso.

Surgiu nos últimos anos um vasto número de aplicações móveis com o objetivo de ajudar as pessoas a manter o peso corporal. Num estudo recente, foram identificados 3.013 aplicações relevantes disponíveis, com um total de 666,169,136 milhões de descarregamentos para aplicações gratuitas e pagas. O conteúdo de aplicações identificadas refere-se principalmente ao registo e monitorização do peso corporal, exercício e calorias. No entanto, de acordo com o investigador principal Doutor Charoula Nikolaou, Marie Curie Research Fellow, Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, nenhuma das aplicações identificadas foi desenvolvida por uma organização de saúde ou universidade certificada e, mais importante, não há dados publicados sobre a eficácia dessas aplicações de manutenção de peso até à data.

Três mitos comuns sobre açúcares e adoçantes de baixas calorias foram examinados pela Professora Anne Raben, da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca. Analisando a literatura científica mais recente proveniente de estudos clínicos em humanos, a Prof. Raben desmentiu o mito de que os adoçantes de baixas calorias aumentam a fome e o risco de excesso de peso. Pelo contrário, duas revisões sistemáticas recentemente publicadas mostraram que o uso de adoçantes de baixas calorias pode ser útil para reduzir a ingestão de energia e ter um efeito positivo moderado sobre a perda de peso corporal. Além disso, os adoçantes de baixas calorias estão associados a um efeito favorável em vários marcadores de risco, como glicemia, gordura abdominal e lípidos no sangue.

Pode achar interessante ver o vídeo com o Professor Peter Rogers sobre a sua recente revisão sistemática e meta-análise publicada no International Journal of Obesity, que examinou o papel dos alimentos e bebidas açucaradas de baixas calorias na ingestão de energia, perda e manutenção de peso. Pode aceder à última edição de Obesity Facts do European Journal of Obesity e descarregar o livro de resumos CEO 2016 .

  1. Cimeira Europeia da Obesidade (CEO) – Congresso Conjunto do EASO e IFSO-EC, Gotenburgo, Suécia, junho 1 – 4, 2016: Abstracts. Obes Facts 2016;9(suppl 1):1-376 (DOI:10.1159/000446744).