Adoçantes com baixo teor calórico desempenham um papel positivo na prevenção da diabetes e do excesso de peso

De acordo com especialistas nacionais e internacionais em nutrição, saúde e segurança alimentar reunidos numa conferência sobre “Adoçantes de Baixas Calorias, Saúde e Consumidores”

  • Os adoçantes de baixas calorias não afectam a insulina ou os níveis de glicose no sangue
  • Especialistas em saúde corroboram que o seu consumo é seguro dentro dos níveis permitidos
  • A UE autoriza atualmente a utilização de 10 adoçantes de baixas calorias

Madrid, 26 de novembro de 2013: Os adoçantes de baixas calorias desempenham um papel positivo na prevenção da diabetes e do excesso de peso, uma vez que não afetam a insulina e os níveis de glicose no sangue e o seu conteúdo calórico é muito baixo ou nulo. Esta é uma das principais conclusões alcançadas por especialistas nacionais e internacionais em saúde, nutrição e segurança alimentar reunidos numa conferência sobre “Adoçantes de Baixas Calorias, Saúde e Consumidores”, organizado pela Nutrition Research Foundation (FIN). A conferência, cujo objetivo era discutir e analisar o papel dos adoçantes de baixas calorias nas dietas, teve o apoio do Serviço de Saúde da Região Autónoma de Madrid, do Biomedical Research Center in Red-Physiopathology of Obesity and Nutrition (CIBERobn) e a colaboração da Associação Internacional de Adoçantes (ISA).

Durante a conferência foram apresentados os resultados de diversos estudos científicos que demonstraram que os adoçantes de baixas calorias não têm qualquer efeito nos níveis de açúcar ou de insulina no sangue. Na opinião do Prof. Dr. Lluìs Serra-Majem, Professor de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Las Palmas na Gran Canaria, Presidente da Academia Espanhola de Nutrição e Ciências da Alimentação e Presidente da Fundação de Investigação em Nutrição, e um dos moderadores desta conferência, “uma vez que uma parte importante do controlo da diabetes envolve a manutenção do controlo dos níveis de açúcar no sangue, os adoçantes de baixas calorias oferecem um apoio efetivo nas dietas das pessoas com diabetes. Os adoçantes de baixas calorias representam uma alternativa aos açúcar adicionados e desempenham um papel de relevo no controlo do peso, ajudando a evitar a obesidade. É necessário desenvolver materiais com sugestões sobre os adoçantes de baixas calorias para os Profissionais de Saúde”.

Segurança dos adoçantes

Apesar do significativo volume de dados baseados em evidência e das aprovações internacionais, ainda existe quem coloque em causa os níveis de segurança do consumo de adoçantes de baixas calorias. No que a este tópico diz respeito, o Prof. Serra-Majem salientou que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) analisou o extenso volume de bibliografia científica sobre adoçantes de baixas calorias autorizados e desenvolveu um Parecer Científico que valida a segurança deste ingrediente alimentar para a saúde dos consumidores dentro dos limites estabelecidos para a Dose Diária Recomendada (DDR). “Todos os adoçantes de baixas calorias atualmente utilizados na Europa na preparação de alimentos e bebidas, foram sujeitos a rigorosos testes de segurança. Para os atuais níveis de consumo não existe risco para a saúde. Não só não existem riscos para a saúde, como é necessário referir os benefícios que trazem para certas patologias como a obesidade, diabetes e cáries dentárias”, explicou o Dr. Serra.

Os adoçantes de baixas calorias na perspetiva dos consumidores e dos profissionais de cuidados primários

De acordo com a Dr.ª Susana Belmonte, Chefe do Serviço de Nutrição e de Distúrbios Alimentares da Direção Geral de Cuidados Primários do Conselho de Saúde da Comunidade de Madrid, “é frequente os consumidores não terem disponível no mercado, a informação suficiente sobre os tipos de adoçantes de baixas calorias, existindo ainda preocupações quanto aos riscos associados à sua utilização. Adicionalmente, muitos profissionais de saúde não têm o conhecimento adequado sobre as características dos diferentes tipos de adoçantes de baixas calorias e, por essa razão, não podem recomendar uma determinada opção com base nas suas propriedades. É necessário desenvolver programas de educação para a população em geral, com vista à promoção da tomada de decisões informadas sobre a alimentação e a nutrição. Além disso, é fundamental proporcionar informação aos profissionais de saúde que facilite as suas interações diárias e lhes permita responder de forma rápida e simples às necessidades dos seus doentes.

Os adoçantes e o controlo de peso

Os especialistas reunidos nesta conferência também discutiram os resultados de diferentes investigações sobre a relação entre o equilíbrio energético e o peso corporal. Os dados apresentados mostram que os adoçantes de baixas calorias podem auxiliar no controlo da ingestão calórica proporcionando um sabor agradável com menor ou nenhum teor calórico.

Mais concretamente, a Dra. Pilar Riobó, Chefe do Serviço de Nutrição e Endocrinologia do Hospital Universitário Fundação Jiménez Díaz em Madrid, concluiu que “evidências científicas mostram que os adoçantes de baixas calorias, consumidos como substitutos do açúcar em alimentos e bebidas, combinados com a prática de atividade física e um estilo de vida saudável, desempenham um papel significativo na perda de peso e na gestão e manutenção de um peso saudável”. De acordo com a Dr.ª Riobó, “estudos científicos mostraram que as pessoas que usam adoçantes, geralmente consomem menos calorias do que aquelas que consomem alimentos regulares e apresentam um melhor equilíbrio energético. Também se provou que o uso de adoçantes de baixas calorias pode aumentar a adesão ao programa de perda de peso e foi comprovado que as bebidas que contêm aspartame não afetam o apetite no curto prazo ou a ingestão de alimentos, em comparação com a ingestão de água”.

Alimentos doces

Outra das questões analisadas durante a conferência foi o papel dos alimentos doces e os seus aspectos fisiológicos. Nesse sentido, o Prof. Gregorio Varela, Professor de Nutrição e Ciências da Alimentação e Chefe do Departamento de Saúde e Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade CEU de San Pablo comentou: “Os nossos doces não mudaram em centenas de anos, mas o que mudou é que comemos mais e fazemos menos exercício físico, fatores que contribuem para aumentar os níveis de obesidade. Os adoçantes de baixas calorias podem ajudar a resolver este problema, pois permitem desfrutar de sabores doces sem aumentar significativamente o consumo calórico diário”.

A história e os diversos tipos de adoçantes

O primeiro adoçante de baixas calorias de utilização comum foi a sacarina, descoberta nos Estados Unidos em 1879 e comercializada pouco tempo depois. A sua utilização tornou-se mais difundida durante a Primeira Guerra Mundial, principalmente devido à escassez de açúcar. No século passado, descobriram-se mais adoçantes de baixas calorias que foram utilizados com segurança por consumidores de todo o mundo. Na União Europeia, existem atualmente 10 adoçantes de baixas calorias autorizados para o uso alimentar: acessulfame-K (E-950), aspartame (E-951), ciclamato (E-952), sacarina (E-954) sucralose (E-955), taumatina (E-957), neoesperidina DC (E-959), esteviosido (E-960), neotame (E-961) e sal de aspartame-acessulfame (E-962).

Como explica o Prof. Javier Aranceta, Professor Associado da Universidade de Navarra, “os adoçantes de baixas calorias são ingredientes cada vez mais utilizados em alimentos e bebidas. Os seres humanos têm uma preferência inata por sabores doces; no entanto, devido aos estilos de vida sedentários e elevadas taxas de obesidade, é preciso promover hábitos de vida saudáveis que tenham em conta o equilíbrio energético, ou seja, o equilíbrio entre as calorias consumidas e as calorias queimadas pela atividade física. Neste contexto, os adoçantes de baixas calorias oferecem uma alternativa aos açúcares e desempenham um papel significativo no controlo do peso, ajudando assim a prevenir a obesidade”.

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