ISA refuta alegações do Ramazzini Institute

Bruxelas, 7 de novembro de 2016: A Associação Internacional de Adoçantes (ISA) refuta as conclusões numa publicação de Soffritti et al. 1 relatando resultados de um estudo efetuado em ratos, concluído em 2012, alegando que a sucralose causa cancro.

Estas conclusões, tendo por base um único estudo, são totalmente incompatíveis com o corpo significativo de pesquisas científicas que demonstram que este ingrediente é seguro para uso em alimentos e bebidas. A sucralose é um dos ingredientes mais testados do mundo. A segurança da sucralose foi confirmada após extensa revisão por parte das autoridades reguladoras e internacionais de saúde em todo o mundo, incluindo o Comité Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) 2 e a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA)3.

Adicionalmente, uma revisão recente por especialistas académicos, investigadores da indústria e consultores independentes nas áreas de toxicologia, patologia, carcinogenicidade e genotoxicidade (Berry et al, 2016) concluiu que a sucralose é segura, não carcinogénica e segura para ingerir.4

Publicações anteriores de Soffritti et al. foram criticados pelas autoridades científicas e reguladoras pelos seus projetos de estudo e análises, que nem sempre seguem as diretrizes para a investigação científica padrão. Portanto, é importante ser cauteloso antes de tirar conclusões.

A EFSA foi mandatada para avaliar as conclusões deste estudo de Soffritti et al, após a sua publicação em fevereiro de 2016. A AIA aguarda com expectativa as conclusões dos especialistas científicos da EFSA.

À luz da epidemia de obesidade e do aumento do risco de desenvolvimento de doenças relacionadas, os adoçantes de baixas calorias, como a sucralose, podem desempenhar um papel importante no sentido de ajudar os consumidores a reduzir a sua ingestão de energia. Foi comprovado que os alimentos e bebidas com adoçantes de baixas calorias ajudam na perda e controle de peso, ajudando a reduzir a ingestão de energia e o peso corporal.5 Além disso, as organizações científicas afirmam que os adoçantes de baixas calorias são uma escolha segura para pessoas com diabetes, pois não afetam os níveis de glicemia e insulina.

  1. Sucralose administered in feed, beginning prenatally through lifespan, induces hematopoietic neoplasias in male swiss mice”, Soffritti et al. International Journal of Occupational and Environmental Health: http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/10773525.2015.1106075
  2. http://www.fao.org/food/food-safety-quality/scientific-advice/jecfa/jecfa-additives/en/
  3. http://www.efsa.europa.eu/en/efsajournal/pub/4361; SCF (Scientific Committee on Food) 2000. Opinion of the Scientific Committee on Food on sucralose. Opinion adopted 7 September 2000. Available online: http://ec.europa.eu/food/fs/sc/scf/out68_en.pdf
  4. Berry C, Brusick D, Cohen SM, Hardisty JF, Grotz L and Williams GM. Sucralose Non-Carcinogenicity: A Review of the Scientific and Regulatory Rationale. Nutrition and Cancer. Sep 2016. Available online: http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/01635581.2016.1224366
  5. Rogers et al., Does low-energy sweetener consumption affect energy intake and body weight? A systematic review, including meta-analyses, of the evidence from human and animal studiesInternational Journal of Obesity advance online publication 10 November 2015; doi: 10.1038/ijo.2015.177
  6. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: Use of Nutritive and Nonnutritive Sweeteners. J Acad Nutr Diet. 2012;112:739-758; Nonnutritive Sweeteners: Current Use and Health Perspectives: A Scientific Statement from the American Heart Association and the American Diabetes Association Diabetes Care August. 2012;35:1798-1808