Bruxelas, 10 Abril 2019: Respondendo à declaração do Instituto Federal Alemão para a Avaliação de Risco (BfR) sobre a estabilidade do adoçante sucralose quando aquecido a altas temperaturas1, a Associação Internacional de Adoçantes (ISA) destaca os pareceres científicos de autoridades de segurança alimentar em todo o mundo que, em consonância com o conjunto esmagador de evidências científicas disponíveis, confirmaram consistentemente que a sucralose é segura. 2
Tal como acontece com todos os adoçantes sem ou de baixas calorias, e antes de serem aprovados para uso no mercado, a sucralose tem sido sujeita a extensas avaliações de segurança, incluindo a avaliação e confirmação da sua estabilidade quando utilizada para adoçar alimentos e bebidas para uso dos consumidores, incluindo produtos de pastelaria.
As conclusões do BfR que sugerem que compostos específicos podem ocorrer quando a sucralose é aquecida a altas temperaturas é inconsistente com o corpo significativo de evidências científicas que demonstram que a sucralose é segura para uso em alimentos e bebidas. Estudos sobre a sucralose desenvolvidos em produtos de pastelaria, como bolos, bolachas e biscoitos, mostram que a sucralose não se decompõe3,4 nem reage com outros compostos alimentares para formar novos compostos.
É importante ressaltar que muitos dos estudos mencionados no relatório do BfR não são representativos de como a sucralose é utilizada na produção de bens alimentares e bebidas, nem pelos consumidores em casa (por exemplo em adoçantes de mesa). Na realidade, o BfR reconhece as limitações das suas conclusões, destacando na sua declaração que “existem atualmente dados insuficientes para retirar quaisquer conclusões definitivas”.
A segurança da sucralose é documentada por um dos programas de testes de segurança mais abrangentes e completos já realizados sobre um novo aditivo alimentar. A sucralose foi avaliada e considerada segura por muitas das principais autoridades científicas e reguladoras em todo o mundo, incluindo o Comité Misto FAO / OMS de peritos no domínio dos aditivos alimentares (JECFA)5, o Comité Científico da Alimentação Humana (SCF)6 e a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA).7 O consenso científico e regulamentar a nível internacional é que a sucralose é segura.
Como parte do programa de reavaliação de todos os aditivos alimentares na União Europeia, a EFSA está atualmente a reavaliar a sucralose. Em resposta ao convite da EFSA formulado em 2017 para a apresentação de dados sobre os adoçantes,8 incluindo informação sobre a sucralose, a ISA forneceu à autoridade todos os dados disponíveis para a sua avaliação. A ISA aguarda com expectativa a publicação das conclusões da EFSA.
Utilizados em alimentos, bebidas e adoçantes de mesa, os adoçantes de baixas calorias, como a sucralose, podem oferecer às pessoas uma ampla variedade de opções de sabor adocicado sem ou de baixas calorias, podendo ser uma ferramenta útil, quando usados em vez do açúcar e como parte de um regime alimentar equilibrado, ajudando a reduzir o consumo geral de açúcar e calorias, bem como a gerir e controlar os níveis de glicose no sangue. Os adoçantes de baixas calorias também são não cariogénicos, o que significa que eles não contribuem para a cárie dentária.