8.ª Conferência DIETS-EFAD

A Associação Internacional de Adoçantes (ISA) está muito satisfeita com a sua participação na 8.ª Conferência DIETS-EFAD, que decorreu em Atenas, na Grécia, entre 9 e 12 de outubro (2014).

Esta conferência, organizada pela Federação Europeia das Associações de Dietistas (EFAD) e a Associação Helénica de Dietistas, subordinada ao tema “Saúde 2020: Apoiar Grupos Vulneráveis”, analisou o progresso das Doenças Não Transmissíveis (DNT) na Europa, custos associados, bem como o papel que os dietistas podem desempenhar na prevenção e tratamento das DNT.

Nesta ocasião, a ISA manteve durante toda a conferência um balcão de informação, tendo ainda organizado um simpósio no dia 11 de outubro. Para mais informação, por favor clique aqui para ler o comunicado de imprensa da ISA sobre este evento.

A Associação Internacional de Adoçantes está muito satisfeita por ter organizado este simpósio durante a 8.ª Conferência DIETS-EFAD a 11 de outubro (Olympia Hall). Com o título “Adoçantes de baixas calorias – Uma escolha fundamental no controlo de peso e diabetes”, esta sessão permitiu uma discussão dinâmica e esclarecedora, liderada por um painel de especialistas internacionais nas áreas da gestão e controlo de peso e diabetes. Esta iniciativa constituiu também a oportunidade para chamar a atenção para a investigação mais recente sobre os adoçantes de baixas calorias e os seus benefícios, como parte de uma dieta saudável e equilibrada.

O painel foi presidido pelo Prof. Antonis Zampelas, Professor de Nutrição, da Universidade dos Emirados Árabes Unidos, EAU; Universidade Agrícola de Atenas, Grécia; Universidade de Nicosia, Chipre; e Dr. Duane Mellor, Professor Assistente em Dietética, Universidade de Nottingham, Reino Unido. Este painel internacional também incluiu o Prof. James Hill, Professor de Pediatria e Medicina, Universidade do Colorado, EUA; Dr. France Bellisle, Investigadora da Unidade de Epidemologia Nutricional, Universidade de Paris 13, França; e Drª Aimilia Papakonstantinou, Docente em Nutrição e Metabolismo, Universidade Agrícola de Atenas, Grécia.

Por favor clique aqui para visualizar o convite para o simpósio e obter mais informação sobre o programa da mesa redonda.

A Associação Internacional de Adoçantes manteve também durante toda a conferência um balcão de informação, para dar resposta às questões relativas a adoçantes de baixas calorias e os seus benefícios, e para partilhar materiais científicos adicionais relativos ao tópico. Também esteve disponível um nutricionista para responder a questões relativas a dieta, peso e gestão das DNT. Agradecemos a sua visita

Os adoçantes de baixas calorias e o seu impacto na gestão e controlo do peso , diabetes e o gosto pelo doce foram os principais temas do debate da ISA na Conferência DIETS-EFAD (Federação Europeia das Associações de Dietistas), que reuniu na Grécia especialistas em saúde e dietética. Aqui encontra destaques dos momentos mais relevantes. Poderá ainda ver análises adicionais e comentários dos especialistas.

Tem havido preocupações quanto à possibilidade de os adoçantes de baixas calorias poderem paradoxalmente aumentar a fome e o desejo por doces ao libertar propriedades sensoriais e hedonísticas do efeito saciante (fornecedor de energia) do açúcar. No entanto, a conferência constatou o consenso da evidência de que tal não se verifica e, adicionalmente, de que os adoçantes de baixas calorias podem efetivamente constituir uma ferramenta útil na gestão e controlo do nosso forte desejo inato pelo doce.

A evidência sugere que as pessoas que incluem os adoçantes de baixas calorias na sua dieta têm menor probabilidade de sentir desejo de alimentos com açúcar ou de os consumir em excesso, de acordo com aDrª France Bellisle, Investigadora da Unidade de Epidemologia Nutricional, Universidade de Paris 13, França.

Os consumidores de adoçantes de baixas calorias também comem de forma mais saudável , adotam dietas de baixo teor calórico, incluindo o consumo de mais cereais integrais, fruta e vegetais, e produtos lácteos com baixo teor de gordura.

Com base na evidência, muitos especialistas acreditam que os alimentos com adoçantes de baixas calorias podem frequentemente ajudar a satisfazer o nosso desejo natural por doces para que não tenhamos de o procurar noutras formas de alimentos açucarados.

Os adoçantes de baixas calorias não aumentam o apetite por doces. A preocupação de que os adoçantes de baixas calorias podem aumentar o apetite por doces ao libertar propriedades sensoriais e hedonísticas do efeito saciante (fornecedor de energia) do açúcar não tem fundamento, tal como demonstrado pela convergência de um conjunto de dados que utilizaram diversas metodologias.

As pessoas com diabetes são um dos grupos de consumidores mais regulares de adoçantes de baixas calorias, referiu a Dr.ª Aimilia Papakonstantinou, uma dietista e docente em Nutrição e Metabolismo na Universidade Agrícola de Atenas, Grécia. A Dr.ª Papakonstantinou concluiu que a evidência indica que os adoçantes de baixas calorias são seguros e desempenham um papel importante nas dietas das pessoas com diabetes.

Mesmo entre consumidores de grandes quantidades de adoçantes de baixas calorias, a segurança não é problema uma vez que não consomem quantidades que se aproximam sequer da dose diária admissível (DDA). Uma pessoa média precisaria de comer todos os dias, para o resto da sua vida, 75 iogurtes com adoçantes de baixas calorias para atingir a DDA.

Muitas pessoas com diabetes acreditam que não podem voltar a comer os seus doces favoritos após o diagnóstico, mas os alimentos com adoçantes de baixas calorias podem oferecer-lhes uma forma de apreciar o doce porque estes não afetam os níveis de glicose e insulina no sangue. Paralelamente, o sabor e variedade que os alimentos com adoçantes de baixas calorias oferecem, podem ajudar as pessoas com diabetes a manter uma dieta que controla o seu peso e os níveis de açúcar no sangue.

Curiosamente, as pessoas com diabetes, enquanto consumidores de adoçantes de baixas calorias, têm muito menos preocupações com estes produtos. Os adoçantes como o aspartame, viram confirmada a sua segurança pelas autoridades reguladoras de todo o mundo, incluindo as agências europeia (EFSA) e norte americana (FDA).

Pode parecer surpreendente, mas oProf. James Hill, Professor de Pediatria e Medicina, Universidade do Colorado, EUA, explicou que perder peso é relativamente fácil – manter essa perda de peso ou evitar ganhar peso é que é muito difícil e requer mais investigação científica.

A nossa biologia trabalha contra nós quando tentamos restringir a comida, por isso ser fisicamente ativo e, desta forma, poder consumir mais calorias, constitui uma abordagem muito mais saudável.

Alterações do estilo de vida, consistentes e de longo prazo, como subir escadas regularmente, tomar o pequeno-almoço e fazer atividade física durante 1 hora todos os dias, são fundamentais para manter a perda de peso, de acordo com dados do Registo Nacional de Controlo do Peso dos EUA (uma base de dados de pessoas que perderam e mantiveram uma redução de peso equivalente a 13 kgs ou mais).

Substituir as bebidas açucaradas por bebidas sem açúcar constitui uma estratégia de manutenção de peso eficaz ; os elementos inscritos no Registo Nacional de Controlo do Peso bebiam três vezes mais bebidas com adoçantes de baixas calorias do que o público em geral.

Um ensaio clínico controlado e randomizado que comparou os efeitos da água e das bebidas dietéticas na perda de peso, demonstrou queos mais magros, que bebiam bebidas dietéticas e água perderam ligeiramente (mas estatisticamente significante) mais peso do que os que apenas beberam água.